10 agosto 2005

Champôs

Já repararam numa coisa?
Olhem para os anúncios dos champôs... para os frascos e caixas dos champôs... vejam bem o paleio.
Dizem-se ideais para cabelos oleosos, secos e assim-assim, encaracolados, lisos, pintados, quebradiços, rebeldes, finos, sem volume, com volume... prometem acabar com a caspa e com as pontas espigadas, prometem dar um pentear fácil ou um cabelo sedoso e brilhante, prometem uma coloração mais duradoura ou fortalecê-lo à pala de proteínas e aminocoisos e complexos caralhovksi-meia-leca-sete... aliás, se procurarmos bem, até somos capazes de encontrar champôs próprios para carecas.
Mas nenhum, repito, NENHUM promete... acabar com a sujidade.
Afinal de contas, para que raios lavamos o cabelo? Não é para eliminar a sujidade? Tudo o resto é cantigas!

É que eu ponho-me a pensar... que eu saiba, no tempo de D. Afonso Henriques não havia essas mariquices de 150 categorias diferentes de champôs. Aliás, não havia champôs e ponto final. Para lavar o cabelo, era a aguinha e pouco mais.
Portanto, se uma personagem tão ilustre como o primeiro rei do fabuloso reino de Portugal não precisava de um champô próprio para as suas pontas espigadas, quem sou eu (eu ou qualquer um de nós) para passar meia hora a escolher a merda do champô mais adequado para as minhas maleitas (?) capilares, e no fim levar praí 15 champôs para casa?

Fica aqui a questão e uma oportunidade de reflexão (ou não)

P.S. - Este post foi sugerido pela minha namorada. Quem diz que fomos feitos um para o outro tem toda a razão... ;)

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